sexta-feira, 10 de abril de 2015

Bioindicadores


Bioindicadores de ambiente terrestre 


A utilização de insetos como bioindicadores é incontestável. Alguns insetos, especialmente formigas e borboletas, tem sido utilizados no monitoramento ambiental.

Lepidópteras: As borboletas compreendem cinco famílias estudadas durante o período diurno: Papilionidae, Pieridae, Nynphalidae, Lycaenidae e Hesperiidae.
Hesperiidae

Pieridae
Papilionidae
Nymphalidae
Lycaenidae

A presença de muitas borboletas é um indicativo de que a floresta está bem preservada, pois elas são afetadas rapidamente por mudanças ambientais.
.
O principal método de capturar borboletas é com o puçá. Além de iscas atrativas, luz ultravioleta, atração com frutas fermentadas, fezes, etc.



Hymenopteras: Dentre as subfamílias estudadas estão: Cerapachyinae, Dolichoderinae, Ecitoninae, Formicinae, Leptanilloidinae, Myrmicinae, Ponerinae e Pseudomyrmecinae.












São importantes por manter relações ecológicas com muitos organismos.


Os principais métodos de coleta são: coleta no solo, armadilhas de queda, graveto e troncos podres, iscas de solo com sardinha e carboidratos, procura manual aleatória incluindo coleta com "rede de bateção", entre outros.

Os bioindicadores aquáticos

Os macroinvertebrados são insetos aquáticos que vivem maior parte do seu ciclo de vida na água. São considerados ótimos bioindicadores de qualidade de água. Pois apresentam indivíduos que são altamente sensíveis à poluição e outros totalmente tolerantes.

Exemplos de macroinvertenrados bentônicos sensíveis à poluição estão: as Trichopteras, Ephemeropteras, Plecopteras e algumas Odonatas.









Exemplos de macroinvertenrados bentônicos tolerantes à poluição estão: a grande maioria dos Dípteras e alguns Coleópteros.












Esses animais são coletas através de vários tipos de coletadores, os mais usados são: Surber, Draga de Petersen e Kick Net.



















Coletas no campo:





sexta-feira, 3 de abril de 2015

E os insetos aquáticos?


O que são insetos aquáticos?

São aqueles insetos que vivem pelo menos um estágio do ciclo de vida em ambiente aquático. Ex: Libélulas (Odonatas), Efémera (Ephemeroptera), Barata d'água (Hemiptera), Besouros (Coleoptera), Moscas (Diptera), etc.
Larva de Diptera


Larva de Ephemeroptera
Larva de Odonata
Larva de Coleoptera
Diversidade e abundância dos insetos.
Água doce: insetos dominam em número de espécies e indivíduos.
Água salgada: poucas espécies de insetos.

Problemas no ambiente aquático.
Suprimento de Oxigênio
Movimento da água dificulta permanência num só ponto.
Movimentar-se dentro da água é difícil.
Inseto usando garras para se prender no substrato.

Como solucionar está deficiência de oxigênio?
Os insetos tiveram que se adaptar ao meio aquático, através de modificações no sistema respiratório.

SISTEMA RESPIRATÓRIO FECHADO - espiráculos não funcionais.
RESPIRAÇÃO CUTÂNEA - através da cutícula, só é possível em insetos muito pequenos (alta relação área/volume).
Chironomidae que apresentam hemoglobinas.
RESPIRAÇÃO POR PIGMENTOS RESPIRATÓRIOS - alguns Chironomidae (Diptera) apresentam hemoglobinas, que são pigmentos respiratórios com grande afinidade por oxigênio, podendo captá-lo em ambientes de baixa concentração. 




Ephemeroptera com brânquias abdominais.

RESPIRAÇÃO POR BRÂNQUIAS - a absorção do oxigênio se dá através de brânquias, localizadas em diferentes parte do corpo do inseto.








SISTEMA RESPIRATÓRIO ABERTO - espiráculos funcionais -
RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE SIFÃO – captar oxigênio da atmosfera, na superfície da água. Este tipo de sifão é bastante comum em larvas de alguns dípteros. Alguns insetos adaptam este sifão para perfurar o tecido vegetal e retirar o oxigênio de plantas submersas.
Chaoboridae-Diptera com sifão respiratório (seta).

RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE BRÂNQUIA FÍSICA - o ar é estocado em uma bolha de ar. Ex.:besouros aquáticos

Coleoptera estocando a bolha de ar.




RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE PLASTRÃO (brânquia física permanente) - a água é mantida afastada da superfície do corpo através de pelos hidrófugos, deixando uma camada permanente de gás em contato com os espiráculos.





COMO OS INSETOS CONSEGUEM DESENVOLVER EM AMBIENTE AQUÁTICO TEMPORÁRIO?
Deposição de ovos resistentes à desidratação ou que entram em diapausa sob condições desfavoráveis;
- Ciclo de vida mais rápido, devido a qualidade do alimento e menor competição interespecífica.


Um pouco mais sobre o ciclo de vida dos insetos aquáticos...


Curiosidades de algumas ordens de insetos aquáticos.

Tricopteras: Quando estão passando pela fase aquática, possuem uma característica bastante interessante. Suas larvas, que parecem uma lagarta de borboletas, constroem uma espécie de casinha tubular sob medida para seu corpo. O material usado são pedrinhas, gravetos, folhas que são cuidadosamente selecionados e colados com uma espécie de seda fluida, que imediatamente se solidifica funcionando como um cimento. Assim que constroem esta proteção, as larvas mantém apenas a cabeça do lado de fora. De maneira que vão crescendo, vão aumentando o abrigo com o material disponível no ambiente. Quando chega o momento de se tornar pupa, elas fecham a entrada da casinha até completar suas fases seguintes.

Agora, artesãos resolveram aproveitar a habilidade de criação das larvas de Trichoptera para obterem verdadeiras joias. As larvas são acometidas em um aquário forrado com pedacinhos de ouro, pedras preciosas, pérolas, miçangas e etc…. As larvas naturalmente selecionam as peças com seu próprio critério. Não existe qualquer manipulação na escolha que o inseto faz. As casinhas rapidamente são construídas e colada naturalmente com o fluído de seda secretado pela larva. O resultado é incrível e muitas vezes parece que alguém escolheu as peças que seriam usadas. O mais legal é que nunca teremos uma peça igual a outra e fica sempre a surpresa de qual objeto o inseto vai escolher na construção de seu abrigo.




Movimentos de insetos geram arte acidental na água
O artigo explica a física por trás da maneira como o inseto pode andar sobre a água, mas para complementar sua análise científica, Bush visualizou a especialidade cinética da criatura colocando corante azul de timol na água. Através da “força da tensão superficial gerada pela curvatura da superfície livre”, os insetos aquáticos geram artes visuais - coisa que, tipicamente, passaria batido. 

À medida que os insetos se impulsionam pela água tingida, padrões vibrantes aparecem e realçam tanto o movimento do animal quanto a maneira como a água responde a seu corpo. Bush não tinha a intenção de criar arte em seus estudos (nem os insetos), mas os padrões caleidoscópicos que se materializam sobre a água são pepitas visuais, sem dúvidas. De qualquer forma, os experimentos de Bush apoiam a ideia de que ciência é arte, e a arte pode ser propriedade científica. 






Leia um pouco mais sobre o trabalho de John Bush com insetos aquáticos clicando aqui.



terça-feira, 31 de março de 2015

Importância econômica dos insetos.

Insetos são o grupo de seres vivos com maior número de espécies viventes. Eles representam uma enorme biomassa e isso apenas já seria muito importante, uma vez que participam de inúmeras cadeias alimentares.
Em termos de importância ecológica, além das relações tróficas os insetos são importantíssimos polinizadores, sem os quais a maioria das plantas não conseguiria se reproduzir.

Isso tem impacto na economia também, já que dependemos dos insetos para podermos obter frutas e grãos, que na maioria dos casos apenas se desenvolvem após a polinização.
Insetos também são importantes economicamente por produzirem mel, própolis, geleia real, seda e até mesmo por servirem de alimento em alguns países.


Dimensionar o volume de mel produzido e comercializado é uma tarefa difícil, pois os poucos dados confiáveis sobre o assunto são conflitantes. Estima-se que a produção mundial de mel durante o ano de 2001 foi de, aproximadamente, 1.263.000 toneladas, sendo a China o maior produtor (256 mil toneladas).

O  bicho-da-seda traz benefícios à sociedade, não só pela fabricação e comercialização de diversos tipos de tecidos, como também pelo fato de proporcionar trabalho no campo com o cultivo da amoreira. O Brasil é, hoje, o terceiro maior produtor de seda. Na fase de larva começa a tecer seu casulo, feito com fios de muitos metros de comprimento. O fio de seda é secretado por uma glândula, chamada de glândula sericígena, localizada na parte inferior da boca da lagarta.

Além disso, muitos insetos são importantes economicamente por se comportarem como pragas na agricultura e pecuária, como a mosca dos chifres, lagarta do charuto do milho, broca da cana ou por poderem ser utilizados no controle de insetos, fungos e outros organismos considerados pragas.



São importantes vetores de doenças para os seres humanos, animais e plantas domésticas. Basta ver o impacto na economia provocado pelos casos de dengue, mal de chagas, leishmaniose e pelas medidas adotadas para tentar reduzir as populações de insetos vetores destas doenças.

Ja vimos a importância dos insetos para a manutenção da vida. Outro ponto que muito esta se destacando é a de que os insetos poderão ser nossa próxima fonte de alimentos.

Sim caros leitores, vocês ja se imaginaram comendo um grilo? ou então uma barata assada ? Ou então uma grande larva no espeto ?




Segundo os especialistas, no ano 2050 o planeta terá nove bilhões de pessoas. O desafio maior das próximas décadas será suprir o mundo, sobretudo em países de renda baixa ou média, com proteínas animais. Para eles, o planeta não teria condições ambientais de sustentar um aumento da pecuária tradicional






A solução ecológica seria comer insetos, que são ricos em ferro e zinco. A criação de insetos requer muito menos água do que gado. No caso dos grilos, a quantidade de proteína é 12 vezes maior do que o encontrado em um bife.

Entomofagia é comum em várias partes do mundo. Segundo a FAO, dois bilhões de pessoas no planeta se alimentam de insetos. No Japão, as larvas de vespas são populares; na Tailândia, formigas também são alimentos comuns. Em vários países africanos, cupins são fritos, defumados ou cozidos a vapor. Atualmente, há 1,9 mil espécies de insetos comestíveis.










 De qualquer forma, a vida humana seria impossível sem a presença dos insetos. Dependemos muito mais de insetos e vegetais do que de qualquer outro tipo de animal doméstico ou silvestre.