O que são insetos aquáticos?
São aqueles insetos que vivem pelo menos um estágio do ciclo de vida em ambiente aquático. Ex: Libélulas (Odonatas), Efémera (Ephemeroptera), Barata d'água (Hemiptera), Besouros (Coleoptera), Moscas (Diptera), etc.
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Larva de Diptera |
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Larva de Ephemeroptera |
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Larva de Odonata |
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Larva de Coleoptera |
Diversidade e abundância dos insetos.
Água doce: insetos dominam em número de espécies e indivíduos.
Água salgada: poucas espécies de insetos.
Problemas no ambiente aquático.
Suprimento de Oxigênio
Movimento da água dificulta permanência num só ponto.
Movimentar-se dentro da água é difícil.
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Inseto usando garras para se prender no substrato. |
Como solucionar está deficiência de oxigênio?
Os insetos tiveram que se adaptar ao meio aquático, através de modificações no sistema respiratório.
SISTEMA RESPIRATÓRIO FECHADO - espiráculos não funcionais.
RESPIRAÇÃO CUTÂNEA - através da cutícula, só é possível em insetos muito pequenos (alta relação área/volume).
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Chironomidae que apresentam hemoglobinas. |
RESPIRAÇÃO POR PIGMENTOS RESPIRATÓRIOS - alguns Chironomidae (Diptera) apresentam hemoglobinas, que são pigmentos respiratórios com grande afinidade por oxigênio, podendo captá-lo em ambientes de baixa concentração.
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Ephemeroptera com brânquias abdominais. |
RESPIRAÇÃO POR BRÂNQUIAS - a absorção do oxigênio se dá através de brânquias, localizadas em diferentes parte do corpo do inseto.
SISTEMA RESPIRATÓRIO ABERTO - espiráculos funcionais -
RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE SIFÃO – captar oxigênio da atmosfera, na superfície da água. Este tipo de sifão é bastante comum em larvas de alguns dípteros. Alguns insetos adaptam este sifão para perfurar o tecido vegetal e retirar o oxigênio de plantas submersas.
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Chaoboridae-Diptera com sifão respiratório (seta). |
RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE BRÂNQUIA FÍSICA - o ar é estocado em uma bolha de ar. Ex.:besouros aquáticos
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Coleoptera estocando a bolha de ar. |
RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE PLASTRÃO (brânquia física permanente) - a água é mantida afastada da superfície do corpo através de pelos hidrófugos, deixando uma camada permanente de gás em contato com os espiráculos.
COMO OS INSETOS CONSEGUEM DESENVOLVER EM AMBIENTE AQUÁTICO TEMPORÁRIO?
Deposição de ovos resistentes à desidratação ou que entram em diapausa sob condições desfavoráveis; - Ciclo de vida mais rápido, devido a qualidade do alimento e menor competição interespecífica.
Um pouco mais sobre o ciclo de vida dos insetos aquáticos...
Curiosidades de algumas ordens de insetos aquáticos.
Tricopteras: Quando estão passando pela fase aquática, possuem uma característica bastante interessante. Suas larvas, que parecem uma lagarta de borboletas, constroem uma espécie de casinha tubular sob medida para seu corpo. O material usado são pedrinhas, gravetos, folhas que são cuidadosamente selecionados e colados com uma espécie de seda fluida, que imediatamente se solidifica funcionando como um cimento. Assim que constroem esta proteção, as larvas mantém apenas a cabeça do lado de fora. De maneira que vão crescendo, vão aumentando o abrigo com o material disponível no ambiente. Quando chega o momento de se tornar pupa, elas fecham a entrada da casinha até completar suas fases seguintes.
Agora, artesãos resolveram aproveitar a habilidade de criação das larvas de Trichoptera para obterem verdadeiras joias. As larvas são acometidas em um aquário forrado com pedacinhos de ouro, pedras preciosas, pérolas, miçangas e etc…. As larvas naturalmente selecionam as peças com seu próprio critério. Não existe qualquer manipulação na escolha que o inseto faz. As casinhas rapidamente são construídas e colada naturalmente com o fluído de seda secretado pela larva. O resultado é incrível e muitas vezes parece que alguém escolheu as peças que seriam usadas. O mais legal é que nunca teremos uma peça igual a outra e fica sempre a surpresa de qual objeto o inseto vai escolher na construção de seu abrigo.
Movimentos de insetos geram arte acidental na água
O artigo explica a física por trás da maneira como o inseto pode andar sobre a água, mas para complementar sua análise científica, Bush visualizou a especialidade cinética da criatura colocando corante azul de timol na água. Através da “força da tensão superficial gerada pela curvatura da superfície livre”, os insetos aquáticos geram artes visuais - coisa que, tipicamente, passaria batido.
À medida que os insetos se impulsionam pela água tingida, padrões vibrantes aparecem e realçam tanto o movimento do animal quanto a maneira como a água responde a seu corpo. Bush não tinha a intenção de criar arte em seus estudos (nem os insetos), mas os padrões caleidoscópicos que se materializam sobre a água são pepitas visuais, sem dúvidas. De qualquer forma, os experimentos de Bush apoiam a ideia de que ciência é arte, e a arte pode ser propriedade científica.
Leia um pouco mais sobre o trabalho de John Bush com insetos aquáticos clicando aqui.
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